domingo, 10 de abril de 2011

Os 100 dias de Dilma: novo rumo, contradição e popularidade

No cargo há cem dias, completados neste domingo, a presidente Dilma Rousseff imprime um estilo e maneira de governar diferente do antecessor, o que obviamente seria esperado e, mais importante que tudo, definiu um rumo novo que aponta para uma inflexão nos Direitos Humanos e esforço para conter a gastança, muito embora a contradição no discurso fique evidente com o anúncio de criação do Ministério da Micro e Pequena Empresa.

Contradição e exercício de governo equilibrando-se entre o agronegócio e agricultura familiar, ambientalistas e grandes empreendimentos na Amazônia, direitos humanos e ampliação de negócios com a China são desafios que Dilma já experimenta e será experiência crescente. Os pecados da China na violação de direitos humanos das mulheres e dos trabalhadores, para ficar apenas em dois exemplos de maior visibilidade, são contundentes.

Por isso, há de se perguntar: De que forma a presidente irá conciliar interesses econômicos com a política de Direitos Humanos que evidencia de maneira diferente de Lula? Irá repreender a China, parceiro de interesse comercial, da mesma maneia que fez com o Irã ?

Enquanto a popularidade der o ar da graça, mais fácil ir administrando as experiências e pressões. Mais fácil governar mediando interesses tão antagônicos. Dilma está mais popular do que Lula, e a forma não estridente de conduzir seu governo possivelmente seja muito útil à presidente, que se mostra compenetrada no cargo e, embora mais contida nas emoções do que o padrinho famoso, esta semana chorou em público ao falar de “brasileirinhos” mortos pelo desatino do jovem de Realengo, no Rio.

Em poucas linhas, é o que dá para dizer de Dilma. Que esta semana, ao receber mulheres atingidas por barragem no Palácio do Planalto, disse logo no início da fala que “movimento é movimento” e “governo é governo”. Vi ali a firmeza que a caracteriza.

Código Florestal

Parlamentares do PT prometem entregar nesta segunda uma proposta para os pontos divergentes ao relatório do Código Florestal defendido pelo relator, deputado Aldo Rebelo. A anistia às multas por desmatamento de Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal(RL); extinção de APP no topo de morro e fim da RL em propriedades de até quatro módulos são questionados.

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