O presidente Lula é a última pessoa no Brasil com autoridade moral para criticar quem quer que seja por emitir uma opinião. Quer falar sobre tudo e sobre todos (descontados os temas desconfortáveis, a respeito dos quais prefere calar) dia sim, outro também, e irrita-se quando o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Marco Aurélio Mello, registra uma obviedade: o potencial de ilegalidade contido no ato de criar programas assistenciais em ano eleitoral. Marco Aurélio ateve-se ao seu papel. Já o presidente extrapolou em sua vocação imperial, ao desqualificar de maneira chula o exercício da livre manifestação: "Se cada um ficar no seu galho, o Brasil tem chance de ir para a frente". Na visão dele, "palpites" conturbam a ordem social. Talvez porque ajudem o cidadão a pensar.
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