quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Neodi pede cautela nas ações do IBAMA e PF em Rondônia


O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Neodi Carlos (PSDC-Machadinho), pediu cautela da Polícia Federal e do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) durante a realização da operação deflagrada pelo governo federal no Estado para combater o desmatamento. Ele teme que aconteça em Rondônia protesto semelhante realizado no Pará, onde a população se revoltou contra a os fiscais e bloquearam estradas impedido a saída de caminhões.

Durante entrevista hoje (21) ao programa A Hora do Povo, apresentado pelo jornalista Maurício Calixto, na Rádio Rondônia FM, Neodi Carlos disse que o momento do governo federal é mudar a estratégia de trabalho. “A situação hoje requer o diálogo entre o Ibama e a classe produtora de Rondônia. Multar pequenos produtores rurais como forma de coibir o desmatamento no estado não vai resolver o problema. É preciso conscientizar a população para evitar novas multas”.

Ele confirmou para o próximo dia 11 a realização de uma audiência pública no plenário da Assembléia Legislativa para tratar do assunto e buscar uma solução para combater o desmatamento na Amazônia. Relatório apontando municípios de Rondônia na lista de cidades que mais desmataram na Amazônia, segundo Neodi Carlos, não reflete a realidade. “As informações divulgadas pelo Ministério do Meio Ambiente não refletem a nossa realidade”.

Neodi Carlos disse que o Poder Legislativo vai continuar lutando com a finalidade de ajudar a classe produtiva de Rondônia. A idéia do Parlamento é a de criar uma comissão para discutir o assunto com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. “A cidadão de bem não pode ser chamado de bandido. Muitos produtores foram multados em R$ 50 mil e hoje não podem contrair financiamento perante as instituições bancárias. Será que o governo pretende ampliar o Bolsa Família, uma vez que muitos produtores não podem mais fazer financiamentos?”, questionou.

Para o presidente da Assembléia, o Estado de Rondônia está sofrendo novamente uma discriminação por parte das autoridades federais. “O Estado do Acre, por exemplo, recebe um tratamento diferenciado por parte do governo federal. Lá não existe desmatamento”, ironizou. Neodi Carlos lembrou que a ministra manifestou contrária a construção das usinas do rio Madeira, em Porto Velho. “A obra só vai sair do papel porque é de interesse do País, caso contrário, o pedido para licenciamento ambiental da obra não seria autorizado”.

Gasoduto – Outra causa que será defendida pela Casa de Leis durante este ano, adiantou o presidente da Assembléia, será a viabilização da obra de construção do Gasoduto do Amazonas para Rondônia. “Assim como a Assembléia abraçou a causa em defesa da revisão da dívida do extinto Banco do Estado de Rondônia (Beron), vamos abraçar essa causa para a nossa região”.

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