quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

A droga do socialismo e a miséria viciante

Temos profundo respeito aos socialistas, mas nunca concordei com o socialismo. Acredito que os socialistas acabam sendo vítimas do socialismo. Uma sociedade em que o ideário e a política socialista predominam é como um viciado, e o Socialismo é sua droga. Ambos se tornam dependentes de algo que os destrói. A droga causa dois tipos de dependência. Dependência física é a incapacidade de o corpo funcionar normalmente sem a droga, dependência psicológica se manifesta como ansiedade e desconforto quando não se está sob o efeito da droga ou ela não está disponível. Sob o Socialismo, o paralelo da dependência física é a dependência material. O socialismo promove o crescimento contínuo do número de pessoas que dependem do governo e de sua política de redistribuição de riqueza para prover suas necessidades básicas.

É sempre bom lembrar que a droga gera dependência física substituindo a química normal do sistema nervoso ou alterando seu funcionamento. Da mesma forma, o Socialismo cria dependentes substituindo a estrutura de incentivos de uma sociedade. Onde antes a riqueza era resultado do trabalho, ela passa a ser resultado do arbítrio governamental. Trabalhar para produzir riqueza é substituído por fazer política para conseguir riqueza. Por receber riqueza diretamente do governo, e sem esforço, o indivíduo se torna intolerante ao meio normal de enriquecer: o trabalho. Por ser estimulado diretamente pela droga, o mecanismo de recompensa do viciado se torna insensível aos prazeres normais, como comida e sexo. Da mesma forma, por ter suas necessidades saciadas pelo governo, o indivíduo perde o senso de responsabilidade individual – a percepção de que ele próprio é quem deve resolver seus problemas.

O desenvolvimento de tolerância é outra característica dos quadros de dependência. O corpo se adapta à presença da droga de modo que doses cada vez maiores são necessárias para obter o mesmo efeito. O mesmo ocorre com a política Socialista. Para cada “benefício” concedido pelo governo, há alguém pagando a conta. Pela ameaça física o indivíduo é forçado a abrir mão de sua riqueza em favor de outros, contra sua vontade. Nenhum indivíduo, mesmo o caridoso que troca voluntariamente o resultado de seu trabalho produtivo por satisfação pessoal, se esforça a troco de nada. Aqueles que são forçados a pagar a conta do Socialismo se adaptam a cada nova política de expropriação. Logo a redistribuição se torna ineficaz e uma nova política mais intervencionista se torna necessária para obter o mesmo efeito.

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