“Digo ao
povo de Rondônia, através da imprensa, que acabei de protocolar documento
abrindo mão do sigilo bancário meu e da minha esposa, para que sejam apurados
os fatos”. Foi assim que o governador Confúcio Moura abriu o seu
pronunciamento, às 10h50 deste domingo (25/11), em frente ao Ministério Público
Estadual, em Porto Velho. O governador solicitou a presença de todos os
veículos de comunicação sediados na capital para manifestar sua indignação
acerca de denúncias sem fundamento apresentadas no final de semana pelo
presidente da Assembleia Legislativa, Hermínio Coelho.
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Documento
foi protocolado na manhã deste domingo no Ministério Publico do Estado
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O governador
esteve acompanhado de sua esposa, a médica Maria Alice Moura, durante a
coletiva. "Ela não faz parte do governo, mas está aqui comigo para que
reiteremos juntos que nossa família e nossa honra foram atingidas e que estamos
tristes com isso", afirmou o governador, desmentindo qualquer movimentação
bancária suspeita envolvendo sua esposa, conforme deixam claros os documentos
por ele apresentados.
Esclarecimentos
A atitude do
governador de chamar a imprensa foi uma reação contra as denúncias de supostas
irregularidades apresentadas por Hermínio Coelho, com a finalidade de atingir o
governador, sua família e desestabilizar a administração pública estadual. Moura demonstra transparência ao evidenciar
uma conduta ilibada do Governo da Cooperação, colaborando para o restabelecimento
da ordem.
Citando o
inciso 4 do Artigo 5 da Constituição Federal, que versa sobre a livre
manifestação do pensamento, porém é vedado o anonimato, conforme texto, o
governador se disse indignado com as acusações feitas pelo parlamentar que se
valeu de denúncias anônimas. "Ele feriu a Constituição ao não revelar sua
suposta fonte".
Também é
sabido que o ônus da prova é de quem acusa. E Hermínio não apresentou nenhuma
prova que envolvesse o governador em qualquer irregularidade.
"O
próprio fato dele ser presidente da ALE é questionável. (Hermíncio) Era aliado
de primeira hora do ex-presidente da ALE, Walter Araújo, hoje foragido da
Justiça e chegou à presidência do parlamento sem prestígio para ocupar tão
importante posto. Agora, parece que deseja ser governador no tapetão e, para
isso, tem lutado para desestabilizar a administração do estado, por interesses
inconfessáveis".
Até a
presente data, Hermínio Coelho não apresentou nenhum projeto e nem ação efetiva
durante quase dois anos em que está deputado. Prefere o caminho do golpe baixo
e das críticas sem fundamento, usando a estrutura da Assembleia Legislativa
para praticar o ‘denuncismo’ e criar celeumas, gerando desordem e instabilidade
na sociedade.
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Informações |
Segundo
Confúcio Moura, todos os fatos
mencionados por Hermínio já foram investigados pela ‘Operação
Termópilas’, deflagrada há exatamente um ano pela Polícia Federal e se tratam,
portanto, de "informações requentadas" de grupos de oposição querendo
denegrir a imagem do Governo. “Sou ficha limpa e vocês não viram na história
política nenhum governador protocolar um documento e, junto com sua esposa,
colocar a disposição os sigilos bancário e telefônico”, ressaltou Moura,
lembrando que deseja que o MP, a Justiça e a Polícia Federal possam investigar
a fundo toda sua trajetória.
“Sou
favorável ao trabalho jornalístico investigativo, mas peço que a imprensa tenha
responsabilidade na apuração dos fatos antes de publicarem”, pediu o governador
aos veículos presentes, ressaltando que jamais telefonou para nenhum jornal com
a finalidade de pedir que não divulgue qualquer tipo de matéria. "A única
coisa que peço é que avaliem bem, que coloquem as posições do governo para que
possamos, desta forma, esclarecer bem os
fatos. Há uma cama de gato armada pela oposição com o intuito desestabilizar o
Governo, mas tenho certeza de que sairei mais fortalecido deste embate”,
concluiu seu pronunciamento.
Com relação
as cópias de cheques anexadas ao processo, não existe vinculação nenhuma entre
os documentos apresentados por Hermínio e o Governo da Cooperação, se tratando
apenas de sensacionalismo para confundir a opinião pública.
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