Os deputados sabem que podem até ter o voto anulado, mas
apostam no tempo em que levam os tramites processuais no Judiciário
Porto Velho, Rondônia – Parlamentares que mostraram as
cédulas de votação onde o “sim” foi assinalado na sessão onde foi decidida a
cassação do mandato do deputado Valter Araújo (PTB-Porto Velho) não se importam
nem um pouco com a possibilidade de anulação dos votos.
O advogado de Valter, José Antonio Alvares, avisou que
entraria com recurso no Judiciário contra a forma como a sessão estava sendo
conduzida. Segundo o que disseram na sessão, os deputados decidiram mostrar
para a população como votaram, para “estimular” os demais também a votar pela
cassação do mandato de Valter Araújo.
Adelino Follador (DEM-Ariquemes) afirmou em plenário que
estava disposto a pagar o preço, se tivesse que ser punido posteriormente, por
mostrar o voto. Mas circula nos bastidores da Assembleia Legislativa algo um
pouco diferente.
Os deputados sabem que podem até ter o voto anulado, mas
apostam no tempo em que levam os tramites processuais no Judiciário. A anulação
de votos pela Justiça pode demorar mais de tres anos. Isso quer dizer que, se o
Judiciário resolver anular o voto de quem decidiu mostrar ao público que optou
pela cassação do mandato de Valter Araújo, os advogados da Assembleia
Legislativa recorrerão até a última instancia.
Quando houver uma decisão irrecorrível, terá terminado essa
legislatura e também o mandato de Valter. Essa situação está parecendo com a
estória do rei idoso, do cavalo que ele adorava e de um homem muito esperto.
O homem disse ao rei que ensinaria o cavalo a falar em um
prazo de 20 anos, por um bom preço. O rei concordou, mas disse que mandaria
enforcá-lo se ele falhasse. O cidadão passou a viver como um príncipe, no
palácio. O homem tinha um amigo que o chamou de louco, porque no final ele
seria enforcado.
O cidadão disse que em 20 anos ele próprio
morria, ou então o rei, ou então o cavalo. Os deputados que mostraram o voto
estaria pensando de forma identica
Fonte: Oobservador
Fonte: Oobservador
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