O novo líder da bancada do PSDB na Câmara Federal, deputado José Aníbal (SP) experimenta pela primeira vez o gosto de liderar uma bancada na oposição. Fiel ao estilo “bateu, levou” que caracterizou sua passagem pela liderança do partido no primeiro governo Fernando Henrique Cardoso, ele não economiza adjetivos ao criticar o presidente Lula e ao exaltar o legado da gestão tucana. O deputado paulista afirma que o alvo da oposição não é mais o PT, mas o próprio presidente. E afirma que os indícios de irregularidade envolvendo os cartões corporativos precisam ser explorados pelos oposicionistas para mostrar ao país a verdadeira face de Lula, a quem chama de “licencioso” e “grande dissimulado”. Para Aníbal, Lula é “o maior vira-casaca da história do Brasil”.
Lula, na visão do líder dos tucanos,vende a imagem de que não virou a casaca e de que continua um peãozão, de que gosta de buchada de bode e pinga. Evidente que Lula mudou completamente. Ele defende banqueiro abertamente e se rendeu aos agiotas internacionais. Além disso, não tem nenhum compromisso com a verdade. Como se não bastasse, se associa à impunidade, à transgressão e à licenciosidade. Aníbal fala com a autoridade de quem foi um dos fundadores do PT em São Paulo, no início dos anos 80. Ele acusa Lula de colher exclusivamente tudo aquilo que os tucanos plantaram, de fazer um governo “conservador” e “elitista” e desqualifica os índices de aprovação popular obtidos pelo petista nas últimas pesquisas de opinião. Mussolini tinha 95% de aprovação. Mas era um grande facínora, um fascista. Essa coisa de índice de aprovação é relativa.
Os pontos fortes do governo Lula são proporcionar festa aos banqueiros e as chamadas redes de proteção social, dando um novo nome. Esse é o ponto forte do governo sob o qual ele trabalha sistematicamente seu prestígio, sua posição junto à população pobre. Portanto, Lula apenas deu seqüência às ações iniciadas no governo FHC. A diferença é que o governo anterior tratava as políticas sociais como forma de amenizar o sofrimento da pobreza. Já Lula cita tais ações como prioridade de governo, como se o Brasil estivesse crescendo. Quando os petistas estavam na oposição tratavam os programas sociais como “assistencialismo” e para eles tal prática era crime eleitoral. Agora, a turma usa e abusa dos recursos públicos para fazer campanha explorando a miséria de milhões de brasileiros.
Mudaram algumas artimanhas, mas o queijo é o mesmo.
Extraído: Jornal O Rio Branco
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