Já, Pimenteiras, na fronteira com a Bolívia, no extremo sul do estado, é o menor município rondoniense com apenas 2.341 habitantes. Vilhena foi o que mais cresceu, ultrapassando Jaru, ficando agora na 5ª colocação do ranking das maiores cidades rondonienses.
Embora haja uma enorme gritaria dos prefeitos com relação aos números preliminares do censo e o eleitorado de municípios como Porto Velho – 240 mil eleitores – sinalize para uma população de pelo menos 360 mil, valores bem maiores do que os auscultados pelo IBGE, sabe-se que o Estado de Rondônia foi objeto de deslocamentos migratórios internos e externos nos últimos anos.
Alguns municípios, toma-se como exemplo Ouro Preto do Oeste, perderam habitantes para novas frentes de colonização em Rondônia, Mato Grosso, Acre e Sul do Amazonas e, também, exportou mão de obra operária para os Estados Unidos, Portugal e Espanha. Atualmente milhares de pedreiros empregadas domésticas, eletricistas e azulejistas da região central estão trabalhando em grandes empreiteiras americanas, espanholas e portuguesas.
O mesmo problema ocorrido na Bacia Leiteira de Jaru e Ouro Preto também foi detectado em Ji-Paraná, cujas perdas demográficas tem a ver com o avanço da exploração da madeira e da pecuária nas regiões da Ponta do Abunã, Buritis e Nova Mamoré, onde pipocaram várias localidades em plena selva nos últimos dois anos.
A rigor, poucos municípios conseguiram números positivos. A própria Buritis, campeã nacional de crescimento na última década, também acabou cedendo migrantes para a Ponta do Abunã e Vale do Guaporé. Mesmo assim teve força para ultrapassar Pimenta Bueno conquistando a décima colocação entre os 52 municípios do estado.
Os números do Censo 2007, no entanto, serão revistos porque muitos municípios se sentem prejudicados com a contagem para efeito de repasses do Fundo de Participação dos Municípios –FPM.
Autor: Carlos Sperança
E-mail: csperanca@enter-net.com.br
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