Todos sabemos que uma boa parte da população é analfabeta. Os que sabem ler, não cultivam este hábito, em função de nossa própria cultura. Somos um país onde pouco ou quase não se lê jornais e livros. Raros são os que têm acesso à Internet. Infelizmente... Portanto, acabam optando basicamente pela TV e o rádio como meio de acesso às informações, onde não é possível uma profundidade suficiente para lhes permitir a consciência do processo político nacional, estadual e nem municipal, mesmo porque há interesses econômicos em jogo, os quais se sobrepõem à honestidade da mídia mais popular. Basta dizer que somos obrigados a ver e ouvir VT da Petrobras dizendo ter responsabilidade social e ambiental
O mais grave é que não há muito interesse de nossos pobres em participarem, politicamente, da construção do país, enfocando, prioritariamente, atividades como futebol, novela, música, bailes, alcoolismo, etc. Este país seria outro se nos dedicássemos um pouco menos ao futebol e um pouco mais à política. O ideal seria que houvesse um equilíbrio entre a participação política e o lazer. Perguntem a um jovem torcedor do Flamengo algo sobre o jogo de domingo passado, quando o time carioca quase não conseguiu vencer o fraco Ipatinga, no Maracanã, por um 1 a 0. Se perguntarmos a uma senhora algo sobre a novela Pantanal esta responderá tudo sem pestanejar. Mas o garoto talvez não saberá o nome do ministro da Educação e o senhora não saberá revelar o nome do presidente do Senado.
Diante deste quadro, na época de eleições, somos presas fáceis para a propaganda enganosa dos políticos corruptos, sobretudo dos que roubam para se eleger e se elegem para roubar mais. Lamentavelmente, nosso povo, em sua maioria, está realmente satisfeito com sua atual condição e não pretende se esforçar no sentido de uma melhoria, o que nos parece um absurdo. O quadro piora ao sabermos que os que não estão satisfeitos, não parecem dispostos a gastar energia para modificar o que está aí... Mas isto acaba dando no mesmo. Ou seja, estamos satisfeitos. Também há a decepção geral e razoavelmente justificada, com os políticos. “Em quem votar? Todos são farinha do mesmo saco, banana do mesmo cacho e água da mesma fonte. Mas há um engano. Todos cometem erros, sejam ou não políticos. Mas há aqueles que erram mais e os que erram menos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário