Dilma está
preocupada e convocando economistas para entender porque o Brasil não cresce
além do crescimento populacional. Um fiasco e tanto.
Ela usou
todos os conhecimentos da ciência econômica: estímulos fiscais, redução de
juros, PAC, bolsa família e bolsa consumo, empréstimos políticos via BNDES a
juros de amigo, e nada.
Guido
Mantega, outro economista no governo, além de não ter previsto o fracasso, diz
que "nós economistas não sabemos ainda o que aconteceu". Assustador.
DIlma anda
perguntando como aumentar os "espíritos animais dos empresários" e
como "tirá-los do armário", uma falta de tato mercadológico ainda
mais assustador.
Eliana
Cardoso, economista do MIT, faz uma importante mea culpa no o Estadão de
28/11/2012.
"Nós
economistas pulamos da fase teocrática para a caótica, o que explica tantas
falhas no entendimento do nosso desenvolvimento". Parabéns Eliana.
Finalmente,
diz Eliana, poucos economistas ainda acreditam em Caio Prado Jr. em Formação do
Brasil Contemporâneo, e Celso Furtado em Formação Econômica do Brasil, adotados
por 40 anos nas melhores escolas.
"Também
desacreditada fica a hipótese de uma produção para a exportação", grande
bandeira dos economistas da Cepal.
E agora vem
a nova descoberta de Eliana.
"O
desenvolvimento da economia depende dos empresários inovadores".
Não acertam
uma. Eliana mostra o seu total desconhecimento do Brasil administrativo, mais
"uma falha de entendimento".
Robert
Coase, que se intitula "Prêmio Nobel
De Economia", escreve um poderoso artigo Precisamos Salvar a
Economia dos Economistas, que todo economista deveria ler.
Tese que
este blog vem defendendo há 40 anos e aceito de bom grado o apoio de um Robert
Coase. Obrigado, poderia ter me apoiado antes.
Nunca
tivemos no Brasil empresários inovadores, Eliana, e não foram eles que fizeram
o país crescer.
Nossos
empresários foram copiadores.
Copiavam
inovações que deram certo nos Estados Unidos e introduziram estas inovações no
Brasil.
Roberto
Marinho introduziu "television", Abílio Diniz o
"supermarket", Walter Moreira Salles, o "retail banking",
Roberto Young "franchising", Bob's introduziu o "fast
food", sem falar da "internet", "email",
"blog", "leasing", "credit card", etc..
No Brasil,
esta teoria de "empresários inovadores" é furada. Basta ver as nossas
patentes.
O que é
triste, Dilma, Eliana, e jornalistas como Celso Ming, estão na realidade
copiando teorias econômicas de Shumpeter e Coase, e não pesquisando a realidade
brasileira.
Mais uma categoria
de "copiadores", como nossos empresários.
E nem copiar
direito souberam.
Muitos dos
nossos setores foram copiados muito mais tarde do que deveriam, outros vieram
muitos antes.
A Revista
Veja amargou prejuízos por 11 anos seguidos, colocando a própria Abril em
risco.
Por outro
lado, a edição Melhores e Maiores, cujo lucro foi imediato, e que manteve a
revista Exame por 11 anos no equilíbrio, mostra que deveria ter sido
introduzido muito antes, mas não foi.
Estes
senhores supriram é "capital", não inovação, capital muitas vezes de
amigos no BNDES ou Banco do Brasil, a juros subsidiados.
Assim até
eu.
Portanto
estes "empresários" brasileiros não foram assim tão necessários, não
inovaram, simplesmente copiaram e supriram capital.
Quem fez
estas empresas crescer foram seus administradores que implantaram as suas
ideias, copiadas.
Tanto é que
nos Estados Unidos, Bill Gates, Steve Jobs, Mark Zukerman não eram
"empresários" e sim alunos e sem capital.
As próprias
Universidades os estimulavam a criarem empresas, quando aqui estimulam os
alunos a nunca trabalhar numa empresa e sim ter um emprego público.
O Brasil não
cresce, porque está nas mãos de pessoas que confessadamente não entendem nada
deste Brasil.
Não foi a
"visão" de Abílio Diniz, Walter Salles, que fez suas empresas
crescerem. Foram os executivos destas empresas.
Quer saber
como fazer o Brasil crescer ?
Basta seguir
o conselho de Eliana Cardoso, Robert Coase, e tantos outros.
Precisamos
salvar a economia brasileira dos economistas.
Agora não
sou eu somente que digo isto. Até que
enfim.
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